sexta-feira, 25 de junho de 2010

Enchente em Barreiros - PE (minha cidade)

      No dia 19 de junho de 2010, Barreiros - PE viveu seu pior dia da história! O dia amanheceu bonito, o sol brilhava no céu azul sem nuvens, porém, em minha cidade os rios enchiam-se velozmente fazendo com que os moradores se desesperassem e saíssem de suas casas correndo, em sua maioria deixando todos os seus pertences pra trás.
     A minha casa foi coberta pelas águas (nesse momento me encontro desabrigada e sem noção do que vou fazer pra recomeçar), tive que sair também as pressas; perdi as camas, colchões e guarda-roupas, entre outras coisas, mas agradeço a Deus pela minha vida e a dos meus.
     Tenho vivido dias tristes, de repente me vejo desnorteada, sem saber o que fazer! minha cidade está destruída! casas, comércio, hospitais, esolas, clubes, bancos, pontes, tudo destruído! quando eu paro um pouco, lágrimas me vêem aos olhos, aliás, os olhos da população barreirense estão perdidos, sem brilho e lacrimejantes.
     Famílias inteiras perderam tudo. Algumas inclusive estão indo embora daqui, deixando pra trás aquela imagem de horror vivida por todos nós naquele dia!
     Já amanheço o dia correndo atrás dos donativos que estão sendo doados pelo exército, voluntários, anônimos, enfim, estamos numa situação de calamidade pública! Alguns bairros continuam sem água e energia elétrica; a lama é total na cidade, parece que passou um furacão por aqui.
     Pessoas desoladas, destruição, lama, desemprego, desabrigados, esse é nosso cenário, essa é nossa realidade hoje. Sinto-me perdida, triste, sem saber o que fazer... EU NÃO SEI O QUE FAZER!
     As vezes me dá vontade de ir embora, mas me pergunto: pra onde? tenho vontade de não voltar mais pra casa, mas me pergunto: onde vou morar? alguns dos meus vizinhos vão embora; outros irão passar um tempo fora, eu também queria poder fazer isso, mas não posso!
     Lágrimas enchem meus olhos e eu oro ao meu Deus! Clamo por misericórdia e fico esperando! sei que Ele está comigo e cuida de mim; me sinto vazia e sem esperança! choro sempre e fico quieta com o olhar perdido no espaço... a cidade está um pouco deserta e a todo tempo eu lembro daquele dia...
     Orem por mim!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A rainha Ester

Jovem órfã judia, da tribo de Benjamim, cujo nome hebraico era Hadassa (que significa “Murta”); descendente dos deportados de Jerusalém junto com o Rei Joaquim (Jeconias), em 617 AEC. (Est 2:5-7) Era filha de Abiail, tio de Mordecai. (Est 2:15) Seu guardião era seu primo mais velho, Mordecai, um dos “servos do rei que estavam no portão do rei”, do palácio em Susã, durante o reinado do rei persa Assuero (Xerxes I, no quinto século AEC). (Est 2:7; 3:2) Depois de Assuero ter deposto a rainha Vasti por sua desobediência, ele ordenou que se ajuntassem todas as virgens belas para um período de massagens especiais e de tratamento de beleza, a fim de que o rei pudesse escolher uma delas para substituir Vasti como rainha. Ester estava entre as levadas à casa do rei e confiadas aos cuidados de Hegai, guardião das mulheres. Segundo a orientação de Mordecai, ela manteve em segredo que era judia. (Est 2:8, 10) Ester foi escolhida como rainha no sétimo ano do reinado de Assuero. (Est 2:16, 17) Ela sempre mantinha contato com Mordecai, seguindo os conselhos dele. Falou ao rei em nome de Mordecai, quando este descobriu uma trama contra o rei. — Est 2:20, 22.

No 12.° ano de Assuero, Hamã, o agagita, que era primeiro-ministro, planejou o aniquilamento de todos os judeus nos 127 distritos jurisdicionais do império. Recebeu autorização do rei para emitir um decreto para executar isso. (Est 3:7-13) Seguindo a informação e o conselho de Mordecai, Ester revelou ao rei a intenção iníqua da trama de Hamã. A reação de Hamã aumentou a fúria do rei, e Hamã foi pendurado num madeiro. (Est 4:7-7:10) O rei, a pedido de Ester, emitiu um segundo decreto, autorizando os judeus a lutar pela sua vida no dia marcado para a matança deles. (Est 8:3-14) Por causa do edito do rei e por medo de Mordecai, que substituiu Hamã como primeiro-ministro, os governadores e autoridades do império ajudaram os judeus a obter uma vitória completa sobre os seus inimigos. (Est 9) As instruções de Mordecai, confirmadas por Ester, ordenaram aos judeus celebrar anualmente a Festa de Purim, costume guardado até o dia de hoje. — Est 9:20, 21, 29.

Embora o livro de Ester não mencione o nome de Deus, é evidente, das ações de Mordecai e de Ester, que ambos eram servos fiéis do verdadeiro Deus. Ester demonstrou ter as qualidades de quem confia na lei de Deus. Ela era “bonita de figura e bela de aparência” (Est 2:7), no entanto, mais importante é o fato de que ela manifestava o adorno da “pessoa secreta do coração, na vestimenta incorruptível dum espírito quieto e brando”. (1Pe 3:4) Por isso, obteve o favor de Hegai, guardião das mulheres, bem como do próprio rei. Ela não achava que adornos ostentosos fossem a coisa importante, e, por conseguinte, “não solicitou nada senão o que Hegai . . . passou a mencionar”. (Est 2:15) Usou de muito tato e autodomínio. Era submissa ao seu esposo, Assuero, dirigindo-se a ele com tato e respeito, quando a vida dela e a do seu povo estavam em perigo. Mantinha-se calada quando era sábio fazer isso, mas falava firme e destemidamente quando era necessário, e na hora certa. (Est 2:10; 7:3-6) Aceitava os conselhos de seu maduro primo Mordecai, mesmo quando segui-los punha em perigo a sua própria vida. (Est 4:12-16) Seu amor e sua lealdade para com os do seu povo, os judeus, que também eram o povo pactuado de Deus, foram demonstrados quando ela agiu a favor deles.

Fonte: bibliotecabiblica.blogspot